quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pela garantia de devolução do direito histórico

Por Prof. Raimundo Nonato Martins Junior

O ser humano é buscador. Sua busca é focada no encontrar a verdade. Quando a encontra, não admite que se cometa injustiças contra ela, pois é contra sua natureza a manutenção da injustiça.

A maior injustiça que um homem pode cometer é contra sua própria história. É esquecer, não por preconceito, antes sim, por ignorância, aqueles que ajudaram a ser o que o Brasil é hoje.

Ora ou outra confrontamos com os grandes personagens da história, principalmente quando o seu dia é comemorado. Nos bancos das escolas, os heróis, com o tempo, são esquecidos ao ponto de ninguém saber mais quem são. Alguns que resistem só se sabe o nome, mas o que fizeram... nada.

No dia 22 próximo passado, foi o aniversário do Descobrimento do Brasil para o mundo (ou da invasão deste). Antes, uma terra existente, porém desconhecida oficialmente para o resto do mundo. Depois, com a chegada dos portugueses, um paraíso que serviu de abrigo para muitos povos, inclusive para a própria Coroa Portuguesa que o tempo e as circunstâncias transformaram em Coroa Brasileira.

Somos hoje um povo com raízes multiculturais devido a abertura que esse pais teve com muitos no decorrer dos tempos. Por bons ou maus motivos, aprendemos a ser receptivos e acolhedores com todos os que vem até nós, haja vista as declarações devido a fama dos brasileiros feitas pelos estrangeiros que aqui vem passar férias. Mas,..., em contrapartida estamos esquecendo da nossa própria história, retirando de outro o direito que lhe é seu.

Nesses dias de preparação, para talvez o casamento do século, segundo a mídia, ficamos maravilhados com a realeza britânica, eu particularmente estou ansioso para ver a cerimônia, contudo admiração e utopias a parte, a realidade é que nós brasileiros também temos nossa Família Real. Esta, ao longo da história do nosso país, tem sido injustiçada pela republica aqui estabelecida que dita o que é colocado nos livros, negando o direito da população de conhecer nossos príncipes e princesas e, também, o sistema monárquico.

No passado fez-se um plebiscito, que não deu ao eleitor o direito de conhecer a verdade, sobre o parlamentarismo e principalmente sobre a monarquia, uma vez que a mídia manipula as mentes da maioria da população e esta, por ser desenformada, por natureza e desejo próprio, ou quando informada, preconceituosa, acaba aceitando um "cabresto" social que dita sobre elas no que devem acreditar, quais devem ser suas ideias e verdades. Se o direito absoluto de escolha não é dado, não houve escolha. Houve "imposição" disfarçada de eleição.

Para quem acredita em Deus, na forma judaico-cristã, o sistema monárquico é o que mais se aproxima da idealização de um soberano absoluto sobre todos. Aos fieis, ser religioso implica na aceitação do sistema monárquico como a forma de governo ideal. É assim, com Israel, que até hoje esperam o Rei que assuma o trono de Davi e é assim com o Cristianismo que tem o Papa como seu soberano.

No campo da mística cristã, Jesus Cristo é o Rei dos Reis e não dos presidentes, ou dos prefeitos, ou dos senadores, termos que já eram cunhados na época, porém não eram vistos como verdadeiros soberanos, nem tão pouco tinham o mesmo peso que tinha um rei. Se partirmos para outras religiões, a figura do rei sempre está presente. Basta olhar a história de vários países, alguns até hoje mantem esta tradição mesmo vivendo em quase sua totalidade em um mundo capitalista onde o fator lucro é o fator mais importante e não o povo.

Os fieis de religiões de reinado são obrigados a aceitar e defender a monarquia, pois sua negação seria também a negação de sua própria fé, uma vez que esta é obrigatoriamente monárquica, a Igreja Católica, por exemplo com o “Trono de Pedro” tendo o papa como detentor e regente.

A intenção aqui é não impor ou propor a monarquia, mas solicitar que seja corrigida uma injustiça que o mundo republicano brasileiro provocou na história da Família Imperial Brasileira. O seu completo esquecimento. É responsabilidade nossa, garantir a devolução do direito histórico de herança aos Orleans e Bragança de serem tratados pelo que são, príncipes e princesas, a realeza.

Professores informem aos seus alunos que no Brasil também temos um rei. Que não é somente a Inglaterra ou o Japão ou tantos outros países que tem uma Família Imperial, o Brasil também tem, mas a história se esqueceu dela.

Salve a Casa imperial Brasileira.

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Conheça a Casa Imperial Brasileira (http://www.monarquia.org.br/)