quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Romãozinho em versos

Agora vamos falar
De um garoto levado
Nasceu e jamais morrerá
Vadio e malcriado.

Aqui no meu verso
Contarei a história
De Romãozinho perverso
E toda sua trajetória.

Quer saber como ele é
Pequeno, preto e risão.
Não tem juízo e nem fé
Nem amor por este chão.

Garoto muito preguiçoso
Diversão era maltratar
Usava a avareza pra ser guloso
Destruía as plantas e tudo por lá.

Filho de um negro trabalhador
Tinha a boca cheia de dentes
No coração bastante rancor
Judiava quem vinha pela frente.

Coitada da sua mãezinha
Do primogênito foi vítima da falsidade
Foi morta dentro sua casinha
Pelo marido e sua falta de humanidade.

Na hora da sua morte
Seu filho ela amaldiçoou
Não irá pro céu nem pro inferno
Até hoje nunca ele descansou.

Anda pelas estradas
Fazendo o que não deve
Quebra telhas a pedradas
E desnorteia quem viaja.

Nem a própria mãe
Escapou da sua petulância
Contou uma mentira pra o pai
Que matou a esposa por vingança.

Quando descobriu a mentira
O pai morreu de arrependimento
Romãozinho moleque sorria
Em todos os momentos.

Ainda hoje em dia
Vive na Terra aprontando
Espalhando medo em quem o via
Assombração está sempre andando.

Agora pra terminar
Vou lhe dizer
Procure dialogar
Não deixe a cultura morrer.