sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Deixei de fazer pensar, logo, não mais existo!

Por Raimundo Nonato Martins Junior

Lembranças... momentos vividos que hoje abrigam os espaços infinitesimais da memória humana. Como tudo é vivido dentro de um momento..., o momento foi de despedida. Despedida do que foi vivido, dos sentimentos, do conhecimento ministrado, das confraternizações das várias formaturas realizadas, o mesmo tanto das aulas da saudades que hoje foram derrubadas com o espaço que um dia abrigou tantos momentos históricos marcantes na vida de muitos.
Descendo, descendo. Parte a parte, se desfazendo, saindo da existência da paisagem, nas mãos dos vários que a estão desmoldado. Outras partes ficaram ao chão dando ao piso uma tonalidade marrom. Como se, daquele momento em diante, tudo o que ficou fosse descartável e somente um momento da história.
Pilhas e pilhas de conhecimento amontoados sem ninguém querer. Entre os estalos do mar marrom, se pode ver um pouco de células, de textos literários, de cálculos matemáticos e proposições artístico filosóficos que aos poucos estão sendo deixados para trás. Esquecidos, pois ninguém os quer mais.
No meio, para facilitar os que passavam com as partes, foi aberto um caminho, mas por estes, só passou a força bruta que carregava o céu para o chão. O que estava dentro e agora, só faz parte da história das memórias de quem, um dia teve sua vida modificada pelas ações, nele vivenciadas. O conhecimento ficou. Enquanto, o prédio partiu.
Esperamos que um dia ele volte, e mais do que isso, passe a fazer parte da nossa história novamente.